sexta-feira, 6 de julho de 2012

O alface de cada dia

Não tem jeito, passou dos 40, coma alface e só alface.

Feche a boca, é o que os médicos falam, agora só fechando a boca porque os hormônios abriram suas portas e nada pode controlá-los.

Verdade esta história de hormônios, são nossos maiores algoses.

Na adolescência eles nos trazem sem dó nem piedade os terríveis cravos e espinhas, como sofremos então, principalmente quando a big espinha aparece no dia daquela festa. Ai! Que tormento!

Mas sobrevivemos. Muitas lágrimas, muitas tentativas, muitas pomadas, dermatologista naquela época era coisa de gente muito rica, então...

Sabem o que eu usava para aplacar as malditas? Que os dermatologistas e os adolescentes de hoje não me ouçam, usava álcool canforado.

Verdade comprava álcool comum, comprava pedras de cânfora na farmácia e fazia a minha santa mistura.

E dava certo! Pelo menos eu achava.

Bom, mas voltando aos hormônios, hoje eles nos trazem o sobrepeso, a gordura abdominal e o inchaço.

 Só isso, tudo.


Então o negócio é comer alface, pelo visto é o alimento mais inofensivo que existe.

Na verdade temos que comer saladas, alimentos crus, vegetais de todas as cores e formas.
 Alimentação saudável, certo?

Vou dar uma dica que aprendi recentemente e adorei, Tornou  a salada muito mais atrativa saudável e saborosa.




Vejam aí a farofa de soja:

Num pouquinho de azeite, frite um pacote de creme de cebola
Depois de dourar, acrescente um pacote de proteína de soja
Misture por um minuto e junte farinha de mandioca
Neste momento eu coloco mais um pouquinho de azeite
Mexer mais um minuto e está pronta.

Eu coloco num vidro e levo à mesa todos os dias.
Além de ser muito gostosa como farofa mesmo, uso para temperar a salada.
Esta farofinha dá vida nova ao alface de cada dia.
Experimente, você vai gostar

E além do mais tem a proteína de soja que é nossa aliada nesta fase da vida.



quarta-feira, 4 de julho de 2012

Dores Vintage


Alguém já disse que depois dos 50 se você acordar sem dor, presta atenção para ver se não morreu.

Neste caso é difícil dizer o que é melhor, mas de uma coisa eu tenho certeza, depois dos 50 nosso corpo parece que quer provar que é vintage, é quase uma questão de honra!

Fala sério gente, precisa tanto?

Esta semana a minha cervical está me mostrando que ela já tem limite e validade de uso, sem abuso. E eu me esqueci disto, distraída que sou, me esqueci da coitada e abusei da sua serventia "tão delicada!"

 Tudo bem, eu estou aprendendo que todo o meu corpo tem a mesma quantidade de anos que eu, que com certeza se sente mais cansado, mais gasto e enquanto minha mente se sente jovem, ilimitada, cheia de energia, o pobre corpo grita, pára por favor, vamos descansar um pouquinho.

Não é fácil entrar no equilíbrio corpo-mente, a gente demora para perceber que o corpo não tem mais a mesma agilidade de antes, que enquanto a alma já está la fora, o corpo ainda está calçando os sapatos.

É assim mesmo, a mente anda rápida, esperta, ágil e o coitado do corpo sai aos tropeços atrás, sempre atrás, tentando acompanhar a companheira que andou durante muitos anos paralela, de mãos dadas, lado a lado.

E a mente demora pra se dar conta, entender, aceitar, admitir que o tempo está deixando no corpo um peso que aumenta lentamente a cada ano.

As articulações já precisam de lubrificação, a elasticidade esta se escondendo em algum cantinho para que a mente não chame por ela, e acaba nos convencendo a simplificar nossos hábitos e até nosso guarda-roupa para não termos que sentir sua falta.

Isto se chama envelhecer...

E nós garotas vintage, somos envelhecentes.

Mas isto não precisa ser uma coisa triste, vamos lá! Nossa mente não envelheceu. Temos uma vida já vivida, histórias lindas pra contar, ainda somos bonitas e cheirosas, alegres e brincalhonas. Nossas mentes são crianças como sempre foram só que são crianças sábias, cheias de experiências e nós ainda temos muita vida pra viver.

É só aprender a respeitar o envelhecimento do corpo. Dar a ele um pouco mais de atenção e carinho, um pouco de paciência e compreensão e usarmos o bom humor, este sim deve ser nosso melhor auxiliar neste momento em que temos que administrar o dinamismo da mente e a morosidade do corpo,

Uma questão de jogo de cintura! Que a gente conhece tão bem.




terça-feira, 3 de julho de 2012

Os tempos mudaram

A gente está por aí dizendo a toda hora que as mudanças estão acontecendo com muita rapidez.

Que tudo muda a toda hora numa velocidade estonteante e ficamos a nos perguntar se estamos conseguindo acompanhar.

Boa pergunta. Acho que estamos, muitas de nós, até tentando, mas tem sido desumano o movimento evolutivo a nossa volta.

Quando penso que entendi alguma coisa, viro para o lado e já não sei nada. A toda hora a todo instante as coisas se transformam, se modificam, crescem, multiplicam, diminuem até se tornarem micro, e aí quando você consegue entender o que é micro, aí já tem o nano.

Eu já estou achando que nano é o tamanho do meu cérebro. Não cabe mais tanta informação!

E assim nós que somos vintage, passamos a ser triatletas, buscando, correndo, saltando, atrás da última novidade tecnológica, do último grito do desenvolvimento tecnológico do mundo.

Mas não vamos nos enganar, a gente mal consegue perceber um gemido aqui e lá vem um outra dali e o grito mesmo só quando um filho chega e dá aquele grito: "mãe, comprar CD pra que? Que coisa mais antiga!"

Então, eu que gosto tanto de ouvir meus CDs no meu sonzinho portátil, que eu levo pra onde vou, já me sinto ultrapassada, de novo!


Eu já ganhei Pen-drive, MP3, IPOD não quero nem pensar. Mas sinceramente, quando estou ocupada com algum dos meus deveres, que não fazem parte da evolução tecnológica, e eles ainda são muitos, nada melhor do que o meu sonzinho ali do meu lado, tocando as minhas músicas antigas mais queridas e os meus ouvidos livres de fonezinhos incômodos para escutar caso toque o telefone ou campainha.




Fazer o que? Estas somos nós envolvidas com a vida, comprometida com a convivência e com a evolução.


Somos nós mães, avós, amigas, irmãs, esposas e ainda namoradas... Somos nós GAROTAS VINTAGE vivendo a vida como ela é e como ela esta aqui e agora.