sexta-feira, 10 de agosto de 2012

Solidão

Frida Kalo é modelo e exemplo para todas nós.

Eu a admiro demais!

Nem nos momentos de suas maiores dores se deixou abater.

Mesmo deitada numa cama e imobilizada, pintava o que seus olhos podiam alcansar.

Sempre usou a arte como sua companhia, inspiração de vida e força para lutar e continuar vivendo.

 

quarta-feira, 8 de agosto de 2012

Canção dos Homens

Achei este texto muito interessante. 
Afinal a gente só fala das nossas querências, desejos e sonhos.
Os homens também tem suas questões...
E a Lya soube traduzir isso com muita clareza.
Todas nós deveríamos saber como se sentem nossos companheiros.

Leiam, vocês vão gostar! E eles também!

"Que quando chego do trabalho ela largue por um instante o que estiver fazendo - filho, panela ou computador - e venha me dar um beijo como os de antigamente.


Que quando nos sentarmos à mesa para jantar ela não desfie a ladainha dos seus dissabores domésticos.


E se for uma profissional, que divida comigo o tempo de comentarmos nosso dia.


Que se estou cansado demais para fazer amor, ela não ironize nem diga que "até que durou muito" o meu desejo ou potência.


Que quando quero fazer amor ela não se recuse demasiadas vezes, nem fique impaciente ou rígida, mas cálida como foi anos atrás.


Que não tire nosso bebê dos meus braços dizendo que homem não tem jeito pra isso, ou que não sei segurar a cabecinha dele, mas me ensine docemente se eu não souber.

Que ela nunca se interponha entre mim e as crianças, mas sirva de ponte entre nós quando me distancio ou me distraio demais.


Que ela não me humilhe porque estou ficando calvo ou barrigudo, nem comente nossas intimidades com as amigas, como tantas mulheres fazem.

 
Que quando conto uma piada para ela ou na frente de outros, ela não faça um gesto de enfado dizendo "Essa você já me contou umas mil vezes".


Que ela consiga perceber quando estou preocupado com trabalho, e seja calmamente carinhosa, sem me pressionar para relatar tudo, nem suspeitar de que já não gosto dela.


Que quando preciso ficar um pouco quieto ela não insista o tempo todo para que eu fale ou a escute, como se silêncio fosse falta de amor.


Que quando estou com pouco dinheiro ela não me acuse de ter desperdiçado com bobagens em lugar de prover minha família.


Que quando eu saio para o trabalho de manhã ela se despeça com alegria, sabendo que mesmo de longe eu continuo pensando nela.


Que quando estou trabalhando ela não telefone a toda hora para cobrar alguma coisa que esqueci de fazer ou não tive tempo.


Que não se insinue com minha secretária ou colega para descobrir se tenho amante.

Que com ela eu também possa ter momentos de fraqueza e de ternura, me desarmar, me desnudar de alma, sem medo de ser criticado ou censurado: que ela seja minha parceira, não minha dependente nem meu juiz.


Que cuide um pouco de mim como minha mulher, mas não como se eu fosse uma criança tola e ela a mãe, a mãe onipotente, que não me transforme em filho.


Que mesmo com o tempo, os trabalhos, os sofrimentos e o peso do cotidiano, ela não perca o jeito terno e divertido que tanto me encantou quando a vi pela primeira vez.


Que eu não sinta que me tornei desinteressante ou banal para ela, como se só os filhos e as vizinhas merecessem sua atenção e alegria.


E que se erro, falho, esqueço, me distancio, me fecho demais, ou a machuco consciente ou inconscientemente.


Ela saiba me chamar de volta com aquela ternura que só nela eu descobri, e desejei que não se perdesse nunca, mas me contagiasse e me tornasse mais feliz, menos solitário, e muito mais humano."

Lya Luft

segunda-feira, 6 de agosto de 2012

Dias difíceis

Eu sei que tem dias difíceis.

Eu sei que tem horas que dá vontade de dar sinal pra descer...

A vida não é fácil mesmo e acho que nem é pra ser, afinal se fosse tudo muito certinho e lindo...

Se o marido ainda fosse aquele  namorado do portão, que sempre trazia flores, chocolates e elogios...

Se a empregada ainda fosse aquela de 30 anos de casa, que sabia de tudo e todo sábado fazia bolos deliciosos que a gente comia sem engordar nem uma grama...

Se todos os sábados tivesse aquela hora dançante para nos deixar super animadas a esperar ansiosas pelo final da semana ...

Se para o cabelo ficar bom fosse só fazer uma touca...

Se todo domingo a gente ainda fosse ao cinema...

Se não estivéssemos na menopausa, nem sentíssemos dores...Se não estivéssemos envelhecendo...

Ah! Como seria bom!!!

Mas a vida  precisa ser vivida...
A vida precisa ser aprendida...
A vida precisa ser digerida...
A vida precisa ser aceita da forma que a fizemos!

Se pensarmos que somos hoje, resultado de tudo que pensamos, falamos ou fizemos...
Aí, é melhor não reclamar, porque  se for pra reclamar, corra pra frente de um espelho e esbraveje com você mesma...

Sabe aonde estamos errando?
Não valorizando as dores, as alegrias, as amizades, o aprendizado que os anos nos deram.

Se tudo ainda fosse como lá atrás, não teríamos a família que temos e nem seríamos as mulheres fortes que somos hoje.
Não teríamos cometido erros, nem aprendido com eles.
Não teríamos chorado, nem brigado, nem morrido de rir.

 Não teríamos vivido!