sexta-feira, 11 de outubro de 2013

Palavras de Maitê



Adorei este texto e tenho certeza que muitos de vocês também vão pegar pra si e guardar para "certas horas", KKKKK







                     


                         














"Estamos envelhecendo, estamos envelhecendo, estamos envelhecendo, só ouço isto. No táxi, no trânsito, no banco, só me chamam de senhora.
 E as amigas falam “estamos envelhecendo”, como quem diz “estamos apodrecendo”. 
Não estou achando envelhecer esse horror todo. Até agora. Mas a pressão é grande. Então, outro dia, divertidamente, fiz uma analogia.

O queijo Gorgonzola é um queijo que a maioria das pessoas que eu conheço gosta.
Gosta na salada, no pão, com vinho tinto, vinho branco, é um queijo delicioso, de sabor e aroma peculiares, uma invenção italiana, tem status de iguaria com seu sabor sofisticadíssimo, incomparável, vende aos quilos nos supermercados do Leblon, é caro e é podre.
É um queijo contaminado por fungos, só fica bom depois que mofa. 
É um queijo podre de chique. Para ficar gostoso tem que estar no ponto certo da deterioração da matéria.

O que me possibilita afirmar que não é pelo fato de estar envelhecendo ou apodrecendo ou mofando que devo ser desvalorizada.

Saibam: vou envelhecer até o ponto certo, como o Gorgonzola. Se Deus quiser, morrerei no ponto G da deterioração da matéria. Estou me tornando uma iguaria. Com vinho tinto sou deliciosa.

Aos 50 sou uma mulher para paladares sofisticados. Não sou mais um queijo Minas Frescal, não sou mais uma Ricota, não sou um queijo amarelo qualquer para um lanche sem compromisso.
Não sou para qualquer um, nem para qualquer um dou bola, agora tenho status, sou um queijo Gorgonzola."


Maitê Proença

Um grande abraço a todos, principalmente aos queridos "queijos gorgonzolas"
Vania



terça-feira, 8 de outubro de 2013

Aprendendo para crescer sempre




Um dia eu vou dizer isto de verdade!
                         

                      
                               
                       
Me desculpem mas, hoje eu precisava de um texto como este.

Hierophant -  Um conto Oriental

* Viver como as flores *

-"Mestre, como faço para não me aborrecer?Algumas pessoas falam demais, outras são ignorantes.Algumas são indiferentes.Sinto ódio das que são mentirosas.Sofro com as que caluniam".

- "Pois viva como as flores!", advertiu o mestre.
- "Como é viver como as flores?" Perguntou o discípulo.
- "Repare nestas flores", continuou o mestre, apontando lírios que cresciam no jardim.

"Elas nascem no esterco, entretanto são puras e perfumadas.Extraem do adubo malcheiroso tudo que lhes é útil e saudável, mas não permitem que o azedume da terra manche o frescor de suas pétalas.É justo angustiar-se com as próprias culpas, mas não é sábio permitir que os vícios dos outros o importunem.

Os defeitos deles são deles e não seus.Se não são seus, não há razão para aborrecimento.Exercite, pois, a virtude de rejeitar todo mal que vem de fora.Isso é viver como as flores.


                                  

Leio e releio e ainda não consegui eliminar aquele sentimento doído de dentro de mim.
Não sei se é mágoa, tristeza, revolta ou sentimento de menos valia...

Quero sim ser como os lírios, mas ainda não consegui evitar que minhas pétalas não sejam manchadas com certas palavras e gestos que me ferem tão profundamente.

Mas de uma coisa eu tenho certeza, estou evoluindo porque já consigo não sentir raiva. Acho isso um grande passo porque antes eu ficava com muita raiva de quem me magoava, hoje já consigo entender que a pessoa em questão não teve a intenção de me magoar, talvez nem saiba que me magoou, nem percebeu o que disse ou fez...
Eu é que ainda sou muito "delicada e sensível" e me magoou facilmente...

Não sei vocês, mas eu continuo caminhando na busca de um dia me tornar  um lindo Lírio do Campo.

                                

Um grande abraço
Vania