quinta-feira, 14 de março de 2013

ENVELHECER, DO PACHECÃO




Pachecão é professor de Física e Matemática, aqui das Minas gerais, que mudou o conceito de dar aulas com seu jeito despojado e alegre de ser.
Acreditem ele faz com que os alunos adorem Física!
Este texto é muito especial, por isso estou compartilhando com vocês.


Não importa sua idade... apenas LEIA... e seja FELIZ!

Conselho aos da minha geração

Estamos envelhecendo. Não nos preocupemos! De que adianta, é assim mesmo. Isso é um processo natural. É uma lei do Universo conhecida como a 2ª Lei da Termodinâmica ou Lei da Entropia. 
Essa lei diz que: A energia de um corpo tende a se degenerar e com isso a desordem do sistema aumenta. Portanto, tudo que foi composto será decomposto, tudo que foi construído será destruído, tudo foi feito para acabar. 
Como fazemos parte do universo, essa lei também opera em nós. Com o tempo os membros se enfraquecem, os sentidos se embotam. Sendo assim, relaxe e aproveite. 
Parafraseando Freud: “A morte é o alvo de tudo que vive”. Se você deixar o seu carro no alto de uma montanha, daqui a 10 anos ele estará todo carcomido. O mesmo acontece a nós.
 O conselho é: Viva. Faça apenas isso. Preocupe-se com um dia de cada vez.
 Como disse um dos meus amigos a sua esposa: “me use, estou acabando!”. Hilário, porém realista.    
                                   
                                          

Ficar velho e cheio de rugas é natural. Não queira ser jovem novamente, você já foi.
 Pare de evocar lembranças de romances mortos, vai se ferir com a dor que a si próprio inflige. Já viveu essa fase, reconcilie com a sua situação e permita que o passado se torne passado.
 Esse é o pré-requisito da felicidade. “O passado é lenha calcinada. O futuro é o tempo que nos resta: finito, porém incerto” como já dizia Cícero. 
Abra a mão daquela beleza exuberante, da memória infalível, da ausência da barriguinha, da vasta cabeleira e do alto desempenho pra não se tornar caricatura de si mesmo. Fazendo isso ganhará qualidade de vida. Querer reconquistar esse passado seria um retrocesso e o preço a ser pago será muito elevado. Serão muitas plásticas, muitos riscos e mesmo assim você verá que não ficou como outrora. A flor da idade ficou no pó da estrada. Então, para que se preocupar?! Guarde os bisturis e toca a vida.

                                       

Você sabe quem enche os consultórios dos cirurgiões plásticos? Os bonitos. Você nunca me verá por lá. Para o bonito, cada ruga que aparece é uma tragédia, para o feio ela é até bem vinda, quem sabe pode melhorar, ele ainda alimenta uma esperança. Os feios são mais felizes, mais despreocupados com a beleza, na verdade ela nunca lhes fez falta, utilizaram-se de outros atributos e recursos. Inclusive tem uns que melhoram na medida em que envelhecem.
Para que se preocupar com as rugas, você demorou tanto para tê-las! Suas memórias estão salvas nelas. Não seja obcecado pelas aparências, livre-se das coisas superficiais. O negócio é zombar do corpo disforme e dos membros enfraquecidos.

                                           

Essa resistência em aceitar as leis da natureza acaba espalhando sofrimento por todos os cantos. Advêm consequências desastrosas quando se busca a mocidade eterna, as infinitas paixões, os prazeres sutis e secretos, as loucas alegrias e os desenfreados prazeres.
 Isso se transforma numa dor que você não tem como aliviar e condena a ruína sua própria alma. 
Discreto, sem barulho ou alarde, aceite as imposições da natureza e viva a sua fase. Sofrer é tentar resgatar algo que deveria ter vivido e não viveu. Se não viveu na fase devida o melhor a fazer é esquecer. A causa do sofrimento está no apego, está em querer que dure o que não foi feito para durar. É viver uma fase que não é mais sua. Tente controlar essas emoções destrutivas e os impulsos mais sombrios. Isso pode sufocar a vida e esvaziá-la de sentido.
Não dê ouvidos a isso, temos a tentação de enfrentar crises sem o menor fundamento. Sua mente estará sempre em conflito se ela se sentir insegura. A vida é o que importa. Concentre-se nisso. A sabedoria consiste em aceitar nossos limites.

Você não tem de experimentar todas as coisas, passar por todas as estradas e conhecer todas as cidades. Isso é loucura, é exagero. Faça o que pode ser feito com o que está disponível. Quer um conselho? Esqueça. Para o seu bem, esqueça o que passou. Têm tantas coisas interessantes para se viver na fase em que está. Coisas do passado não te pertencem mais.
 Se você tem esposa e filhos experimente vivenciar algo que ainda não viveram juntos, faça a festa, celebre a vida, agora você tem mais tempo, aproveite essa disponibilidade e desfrute. Aceitando ou não o processo vai continuar. Assuma viver com dignidade e nobreza a partir de agora. Nada nos pertence.

                                          

Tive um aluno com 60 anos de idade que nunca havia saído de Belo Horizonte. 
Não posso dizer que pelo fato de conhecer grande parte do Brasil sou mais feliz que ele. Muito pelo contrário, parecia exatamente o oposto. O que importa é o que está dentro de nós, a velha máxima continua atual como nunca: “quem tem muito dentro precisa ter pouco fora”.
Esse é o segredo de uma boa vida.

 Pachecão ( Colaboração da amiga, Isaura Motta )

A todas as minhas amigas que estão envelhecendo ou vão envelhecer, um grande abraço
Vania

segunda-feira, 11 de março de 2013

Um susto




Minhas amigas, hoje o papo é tipo alerta e bem sério.
Semana passada me submeti a uma cirurgia,  para a retirada da vesícula.


Muita gente já fez esta cirurgia que é bem comum mesmo e dizem que a gente vive muito bem sem este pedacinho de nós que é tirado.


O que acontece é que para este tipo de procedimento se usa anestesia geral, assim como na maioria das cirurgias plásticas. E a anestesia geral requer que se faça a entubação no paciente.
Tive a sorte de ter minha nora, que é médica, acompanhando a cirurgia toda e parece que os médicos tiveram um bom trabalho comigo.

Pela explicação que tive, tenho um problema anatômico no local onde deve descer o tubo de oxigenação, um problema não detectável antes de qualquer procedimento.

O que aconteceu é que o tubo não entrava direto para o pulmão e ia para o estômago.
Houve um troca-troca de médicos em várias tentativas, até que numa quinta ou sexta vez, conseguiram me entubar, quando já estavam a ponto de cancelar a cirurgia.



Segundo minha nora tive a sorte, de estar no hospital, naquele momento, um anestesista mais experiente  neste tipo de dificuldade.
Por fim correu tudo bem, fora este perrengue que eles, os médicos, passaram.
Na hora de me dar alta o cirurgião me explicou por alto o problema e me alertou para que eu sempre avise, numa situação cirúrgica, que tenho este problema.
Na verdade ele me aconselhou a fazer uma plaquinha explicativa e andar com  com ela.

Não estou aqui querendo alarmar, só alertar.
Muitas vezes por pura vaidade, resolvemos fazer uma cirurgia plástica, na maioria das vezes desnecessária, sem saber dos riscos que corremos.

Somos responsáveis pelas nossas escolhas, os resultados são só nossos, de mais ninguém.

Ser uma "Garota Vintage" tem destas coisas, um probleminha aqui outro ali,  uma dorzinha, uma ruguinha, uma barriguinha, uma gordurinha, tudo isso faz parte da nossa história, dos nossos casos e acasos...
Vamos deixar as cirurgias para as necessidades reais, que já são suficientes.


De qualquer forma me resta agradecer a Deus ter sido bem assistida e ter terminado tudo bem.


Um grande abraço, minhas amigas.
Vania