segunda-feira, 15 de maio de 2017


Uma paixão, um vício e muito amor!




É interessante observar que quando as coisas precisam ou devem acontecer, parece que tudo conspira a favor.
O grupo foi se formando aos poucos e as pessoas foram chegando com o coração aberto e quem já estava no grupo também recebia  de braços abertos.
Naturalmente algumas  só estiveram por la uns dias e não voltaram e outras fincaram os pés e o coração e de lá não saíram...

Acredito que todos os grupos se juntam por afinidades invisíveis, coisas de sentimento, vibração, ideal, luz interna... Coisas da alma mesmo. E assim se formou o "Atelie do Amor"

No inicio nos encontrávamos numa sala de apoio do condomínio, cada uma levava sua maquina de costura e sua caixa de costuras. Sonia, Helena, Maria José, Fádua,Graça Andrade, Graça Arouca, Walquiria e eu.

Sonia Quintaes e Helena Faria, que são costureiras de longa data cortavam os pijaminhas e nos ensinavam a costurá-los. Passo a passo fomos aprendendo a juntar as pernas de uma calça, colocar mangas e colocar a gola. Ai as golas foram o mais difícil! As mangas também não foram fácil mas as duas mestras com muita paciência e carinho foram nos ensinando.
Éramos oito senhoras empenhadas em fazer lindos pijaminhas de flanela, daqueles de antigamente, abotoados com gola e tudo.

Neste afã de aprender a fazer bem feito, uma ajudava a outra e fomos criando um vínculo muito forte entre nós. hoje somos com oito irmãs, unidas pelo trabalho e pelo coração.
Nunca pensei que nesta altura da minha vida ainda faria "melhores amigas!"

Algumas dificuldades apareciam então. Só Helena e Sônia tinham maquinas de Overclock e nas suas casas.
Então era preciso que fizéssemos uma parte dos pijamas, elas levavam para casa, faziam o Overclock e traziam novamente para terminarmos. e depois a Sonia ainda voltava com os pijaminhas para casa para colocar os botões de pressão.
Nossa primeira entrega foi no bairro Jardim Canadá, ficamos muito orgulhosas. Daí em diante foram aparecendo creches muito carentes que nos enviavam a idade das crianças e nós fazíamos os pijaminhas.


Quando a gente vê estes rostinhos assustados, sem entender porque ganharam estas "roupinhas", e o brilho nos olhos de alegria... É muito BOM!

Continua no próximo post
Um grande abraço
Vania