Sou pequenino, de formas arredondadas.
Moro num condomínio fechado.
Sou prisioneiro, não tenho pernas nem braços...
Não posso falar, me expresso através de meus movimentos ritmados...
Às vezes fico tão feliz que me ponho a saltar, mas quando me entristeço, penso que posso até parar.
Sou sensível por demais, me alimento do amor e adoeço com a dor.
Por ser muito delicado, sigo uma dieta balanceada:
_ Pela manhã - amor e gratidão.
_ No almoço - amor e compreensão.
_ À tarde - amor e boa vontade.
_ À noite - amor e perdão.
Meu senhorio é quem cuida de mim, somos ligados por laços fortíssimos e vem dele todas as minhas alegrias e tristezas.
Ele sabe bem das suas responsabilidades para comigo, mas as vezes distraído, dá-me um alimento indigesto e eu padeço com isso.
No outro dia, se arrepende e me enche de carinho...
Assim vamos levando e seguindo o nosso caminho.
Meu nome é coração e lhe agradeço pelo amor, mas lhe peço por favor, não me maltrate com a dor.
Um grande abraço
Vania