quarta-feira, 4 de julho de 2012

Dores Vintage


Alguém já disse que depois dos 50 se você acordar sem dor, presta atenção para ver se não morreu.

Neste caso é difícil dizer o que é melhor, mas de uma coisa eu tenho certeza, depois dos 50 nosso corpo parece que quer provar que é vintage, é quase uma questão de honra!

Fala sério gente, precisa tanto?

Esta semana a minha cervical está me mostrando que ela já tem limite e validade de uso, sem abuso. E eu me esqueci disto, distraída que sou, me esqueci da coitada e abusei da sua serventia "tão delicada!"

 Tudo bem, eu estou aprendendo que todo o meu corpo tem a mesma quantidade de anos que eu, que com certeza se sente mais cansado, mais gasto e enquanto minha mente se sente jovem, ilimitada, cheia de energia, o pobre corpo grita, pára por favor, vamos descansar um pouquinho.

Não é fácil entrar no equilíbrio corpo-mente, a gente demora para perceber que o corpo não tem mais a mesma agilidade de antes, que enquanto a alma já está la fora, o corpo ainda está calçando os sapatos.

É assim mesmo, a mente anda rápida, esperta, ágil e o coitado do corpo sai aos tropeços atrás, sempre atrás, tentando acompanhar a companheira que andou durante muitos anos paralela, de mãos dadas, lado a lado.

E a mente demora pra se dar conta, entender, aceitar, admitir que o tempo está deixando no corpo um peso que aumenta lentamente a cada ano.

As articulações já precisam de lubrificação, a elasticidade esta se escondendo em algum cantinho para que a mente não chame por ela, e acaba nos convencendo a simplificar nossos hábitos e até nosso guarda-roupa para não termos que sentir sua falta.

Isto se chama envelhecer...

E nós garotas vintage, somos envelhecentes.

Mas isto não precisa ser uma coisa triste, vamos lá! Nossa mente não envelheceu. Temos uma vida já vivida, histórias lindas pra contar, ainda somos bonitas e cheirosas, alegres e brincalhonas. Nossas mentes são crianças como sempre foram só que são crianças sábias, cheias de experiências e nós ainda temos muita vida pra viver.

É só aprender a respeitar o envelhecimento do corpo. Dar a ele um pouco mais de atenção e carinho, um pouco de paciência e compreensão e usarmos o bom humor, este sim deve ser nosso melhor auxiliar neste momento em que temos que administrar o dinamismo da mente e a morosidade do corpo,

Uma questão de jogo de cintura! Que a gente conhece tão bem.




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