terça-feira, 22 de janeiro de 2013

Quando a raiva é real

É interessante como alguns assuntos às vezes ficam nos rodeando.

Acontece com você, depois uma notícia na TV, ai assistindo a novela o assunto se repete e de novo com uma amiga muito próxima...

O que tem me rodeado ultimamente é a raiva.
Mas não é aquela raiva que se sente quando algo dá errado...
Ou aquele dia que o tempo está super contado e o trânsito tá parado...
Aquele dia em que a faxineira te dá o bolo e você tinha deixado a louça do jantar do dia anterior pra ela lavar...

Quando você esta super atrasada e chega no estacionamento e o pneu do carro está furado...
Aquele dia que um filho mal humorado te dá uma má resposta e você tem vontade de chorar...
Um balconista que te trada mal...

Tem muitas coisas que nos deixam com raiva, mesmo porque nós somos muito intolerantes e estamos sempre reclamando e nos irritando com as pessoas e as vezes ate com as coisas.

Mas tem um outro tipo de raiva que é a que eu tenho visto nos últimos dias, é uma raiva com motivo real, uma raiva que vem junto com a dor da decepção, da traição, da ofensa, da humilhação, da vergonha, da desonra, do desrespeito.
E tudo isso, junto com uma dor, uma dor que a gente não consegue explicar.



Esta raiva, ela existe, ela é real. Se você não a conhece, não queira conhece-la.

Tira a gente do chão, te joga num buraco fundo, te sacode e te arremessa pro alto para de novo te deixar  espatifar no chão frio e duro do incompreendido.
E a gente fica sem entender por um longo tempo o porque de tudo, se sentindo mal, pequena,  impotente, magoada, ofendida, ferida, injustiçada, humilhada...


Eu sei que só vai entender quem já passou por esta raiva, porque ela realmente está fora da nossa capacidade de entendimento.
É um sentimento desconhecido, inadmissível e indigerível.

E então quando ele acontece, a gente acaba por entender que nada, nada pode ser feito...

Então o negócio é entregar-se nas mãos do senhor tempo e deixar que ele faça o seu trabalho no devido tempo.
E aí sim podermos olhar a situação de um outro ângulo e ver qual a lição a ser aprendida...
Mas que dói, dói!

Um grande abraço
Vania

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