O pequeno príncipe

Relembrando Saint-Exupéry

"No dia seguinte o principezinho voltou.

- Teria sido melhor voltares à mesma hora, disse a raposa. Se tu vens, por exemplo, às quatro da tarde, desde as três eu começarei a ser feliz. Quanto mais a hora for chegando, mais eu me sentirei feliz. Às quatro horas, então, estarei inquieta e agitada: descobrirei o preço da felicidade! Mas se tu vens a qualquer momento, nunca saberei a hora de preparar o coração… É preciso ritos."

Estou me lembrando deste trecho do livro "O pequeno príncipe", porque me encontrei com uma amiga, e me assustei, eu toda entusiasmada com o encontro e a pessoa estava de mal humor.










 Foi como receber um balde de água fria bem no rosto...
Como dizia minha mãe, perdi o rebolado, fiquei sem graça e dei um jeito de me despedir bem depressa.

Acho que Saint- Exupéry, não quis falar exatamente de chegar na mesma hora, mas de chegar da mesma forma. Chegar sempre o mesmo.

Vocês já repararam pessoas que chegam cada vez de uma forma diferente?

Um dia muito alegre, num outro meio triste, as vezes muito séria e por vezes mal humoradas...

Chamo de pessoas imprevisíveis.
O outro não sabe de seus problemas, suas tristezas, desavenças, dores ou dessabores.

Encontrar um amigo é sempre um presente, uma alegria, um prazer, ou pelo menos deveria ser.
O que levamos na alma, não precisa estar estampado em nosso rosto e nem deve apagar o sorriso de alegria por encontrar alguém que nos quer bem.



Não acho que seja uma questão de educação, é questão de respeito ao próximo, de amor, de amizade, de carinho.

Você pode até depois comentar de de seus dessabores, afinal "amigo é pra essas coisas", mas depois de um abraço caloroso e de perguntar como ele está.

Um encontro é sempre uma festa, uma surpresa, uma alegria. Viva isso, não deixe que a tristeza ou o mal humor estrague a magia de uma boa amizade.

Um grande abraço queridas amigas. Com muita alegria!
Vania